
Os caminhos destes personagens se cruzam quando ocorre um assassinato no bar Night Owl, em que uma das vítimas é o ex-parceiro de Bud. Cada um dos detetives segue uma linha de investigação distinta, mas todos percebem que não se tratou apenas de um assassinato comum, mas de uma trama complexa que envolve conspirações, drogas, policiais corruptos e tudo mais que faz uma cidade dita "dos sonhos" revelar seu lado podre.
As investigações levam ao milionário Pierce Patchett, dono de um bordel de luxo no qual as prostitutas se parecem - mesmo que depois de várias cirurgias plásticas - com atrizes de Hoolywood dos anos 40 e 50. Uma dessas garotas de programa em especial é Lynn (Kim Basinger), com aparência física semelhante a da atriz Veronica Lake. Misteriosa e sedutora, Lynn, de certa forma, se torna um elo entre os policiais.


Além do roteiro bem amarrado e rico em detalhes e de boas sub-tramas, uma característica interessante do filme é a complexidade dos personagens, suas histórias, convicções e motivações, que fazem com que nenhum dos policiais seja completamente bom ou completamente mau, ou seja, exclui-se a figura caricata. Deste modo, todos os atores se destacam. Em virtude da exploração na construção e desenvolvimento dos personagens, quase toda a ação ficou reservada para o final do filme. Então não espere tiros e explosões o filme inteiro porque não é esse o foco, até porque este não é um filme de máfia.
O estranho disso tudo é que em um filme em que os três atores se destacam muito, nenhum destes recebeu uma indicação ao Oscar, enquanto Kim Basinger ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante e o Globo de Ouro. Não que ela não tenha tido uma boa atuação, mas já sabendo do prêmio, fiquei o filme inteiro esperando por um grande momento de Basinger, e ele não veio. Um prêmio injustificado e até certo ponto desmerecido.
O filme recebeu 7 indicações ao Oscar, saindo vencedor do prêmio de melhor roteiro original e de atriz coadjuvante. Se foi tão bem recebido por crítica e público, considerado por muitos o melhor do ano, por que então não ganhou mais estatuetas? A resposta está no seu ano de lançamento. E o que mais ouvimos no Oscar 98? "And the Oscar goes to...Titanic!".
Cotação: 9,0
Leonardo, muito obrigada pela visita. Pois não sei ser muito longa nas minhas explicações cinematográficas, a não ser quando o filme realmente me chamou a atenção. Teu blog já está nos meus favoritos e pode linkar o meu se quiseres sim. Agora fuçarei teus posts...
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