Crítica: Sombras da Noite

No ano de 1752, Joshua, Naomi Collins e seu filho Barnabas, foram embora de Liverpool, Inglaterra, para começar uma nova vida na América. Duas décadas se passaram e Barnabas tem o mundo aos seus pés, ou pelo menos a cidade de Collinsport. Até que ele comete o erro grave de quebrar o coração de Angelique, uma bruxa, que condena-o a um destino pior que a morte, transformando-o em um vampiro e enterrando-o vivo. Dois séculos mais tarde, Barnabas é libertado de seu túmulo e surge nos dias modernos.

Enfim saiu a nova parceria da dulpa Johnny Depp e Tim Burton (confira as outras aqui). Sombras da Noite é um filme baseado em uma série de TV de mesmo nome dos anos 70, que teve 5 temporadas (das quais nunca assisti sequer um episódio). Segundo minhas pesquisas, este filme tentou condensar a série, incluindo quase todas as sua sub-tramas em um único filme como uma homenagem ao seriado. No final, o filme se comporta como um "novelão", no qual a história de alguns personagens fica bem contada e resolvida, enquanto outros não puderam ser tão explorados assim.

O filme tem seus momentos divertidos. Não é uma comédia estilo Família Adams (você não vai rir o tempo inteiro) nem se foca na questão vampirismo. Depp faz sim um vampiro clássico, mas a história não gira somente em torno dessa peculiaridade. A história se baseia no relacionamento do personagem Barnabas Collins com seus descendentes e sua relação amorosa com uma bruxa e uma mortal (por relação amorosa favor não comparar com Crepúsculo. LONGE disso). O filme segue bem o humor característico de Burton, com todo o seu aspecto gótico, algumas boas piadas (algumas no estilo humor negro) e uma história tranquila de se acompanhar. Não tem nada de extraordinário e também nada que afunde o filme. Ou seja, não é o melhor nem o pior filme da dupla. É competente no que se dispôs a ser: entretenimento. Acredito que será um típico filme exibido no "Corujão", assim como hoje acontece com o bom "A lenda do Cavaleiro sem cabeça". A classificação do filme é 14 anos e acho até que poderia ser 12 anos (se é que alguém ainda respeita isso). 

No elenco, além dos quase onipresentes Johnny Depp e Helena Bonhan Carter (esposa de Burton), temos boas presenças: Michelle Pfeiffer, Bella Heathcore em dose dupla, Jackie Earle Haley (o Roschach de Watchmen), uma participação especial de Alice Cooper e os destaques Eva Green (perfeita no papel) e Chloe Grace Moretz. Apesar de não aparecer muito em tela aqui, olho nessa menina, que vem se destacando filme após filme e já está escalada para ser a protagonista do remake de Carrie - a estranha. Provavelmente, se não baixar um espírito de Lindsay Lohan, será destaque absoluto dos cinemas em pouco tempo.

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