
Não é por ser um filme difícil. Eu gosto desse estilo de várias histórias paralelas sendo contadas ao mesmo tempo. Magnólia e Simplesmente Amor são ótimos exemplos desse estilo de contar histórias. Mas pra mim ficou faltando alguma coisa. Talvez por quase nenhuma história ter sido aprofundada (mas isso é perdoado, senão ia ficar extenso demais) ou então porque as tramas são simples, baseadas quase todas em situações do cotidiano, que de tão comuns poderiam estar passando em algum especial de programas de TV. Sim, existe um "tema central" que seria as várias formas de amor em diversos tipos de relacionamento. O tema é complexo e todas as tramas abordam o assunto de diversas formas, mas novamente repito, faltou alguma coisa nessa química.
Talvez algumas das tramas possam empolgar você ao assistir, pois repito isso é apenas minha opinião puramente pessoal. Mas eu só gostei mesmo da última trama contada, que conseguiu reunir uma boa mistura de sentimentos e me fez torcer pelos personagens. Coisa que ficou um pouco longe de acontecer com as demais partes. As histórias mantém o interesse enquanto estão passando (algumas nem tanto), mas assim que acabam você não sente aquela vontade de que ela volte a ser aboradad no filme pra você continuar acompanhando. Algumas tramas são boas mas outras não fariam a menor falta se fossem cortadas como a de Jude Law e Rachel Weisz. Sei porque a trama está lá, compreendi que aborda o tema da traição, ter que conviver com a dor de ter traído, coisa e tal, mas não foi uma história que me agradou. Já a parte do presidiário interpretado por Ben Foster e do motorista russo com a eslovaca foram bem mais interessantes.

360 te faz remeter a situação de 360 graus. Um giro completo. Voltar ao início. Isso fica ainda mais evidente ao notarmos que, de uma certa forma, o filme termina do mesmo modo que começa. Ou ao notarmos que nome do título aparece apenas quando o filme acaba. Então, gostaria muito de ter curtido mais o filme. Fernando Meirelles é um excelente diretor (exemplos são Cidade de Deus e Ensaio sobre a cegueira) e merece cada vez mais espaço no cinema nacional e internacional. Como ele próprio disse em uma entrevista, é um filme para poucos. Muitos irão gostar, muitos odiar e alguns apreciá-los, mas considerá-lo indiferente. Este último foi o meu caso.
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