Crítica: Na Estrada

Após a morte de seu pai, Sal Paradise (Sam Riley), um aspirante a escritor de Nova York, conhece Dean Moriarty (Garrett Hedlund), um ex-presidiário, e sua companheira Marylou (Kristen Stewart). Determinado a evitar as armadilhas de uma vida, Sal cai na estrada juntamente com Dean, e isso se transforma em uma odisséia de mudança de vida física e emocional. Eles descobrem o mundo, o êxtase da experiência, a ligação da humanidade e, finalmente, eles mesmos.

Sinceramente, fazia tempo que eu não via um filme tão chato. Decepção total. Ainda mais porque fui assistir o filme com muita confiança que seria bom, já que foi dirigido pelo brasileiro Walter Salles, possui um ótimo elenco com Viggo Mortensen. Kirsten Dunst, Alice Braga e Kristen Stewart, foi selecionado para a abertura do festival de Cannes e aplaudido de pé, além de ser uma adaptação do livro On the road, de Jack Kerouac, adorado por milhares de pessoas. 

Confesso não ter lido o livro nem saber da história, mas já vi muitos filmes adaptados de livros que souberam contar sua história sozinho, sem depender de nenhum conhecimento prévio (além do mais, são mídias diferentes e o correto é exatamente que cada um tenha sua vida própria). Nao sei se não consegui compreender a complexidade artística e cultural do filme ou a profundidade do roteiro. Só sei que quase nada do filme funcionou e eu ficava olhando para o relógio de cinco em cinco minutos esperando os intermináveis 137 minutos - já que por pior que seja nunca tive coragem de abandonar uma sessão de cinema antes do término do longa. 
 
Se eu fosse classificar o filme por partes, seria 95% maconha, bebidas e outras drogas, 3% sexo e homossexualismo, 1% imagens de estradas e 1% história. Deixo claro que não foi a atuação dos atores que me fez não gostar do filme (ninguém estraga o filme), tampouco a direção (tecnicamente não vi maiores falhas), nem o excesso de drogas e sexo (sem espaço para falsos moralismos). O problema foi como a história foi contada na tela. Não teve emoção. Algumas cenas ficaram sem sentido. Faltou coesão. Faltou "liga". Uma pena! Teve gente que gostou do filme, e talvez os que tenham lido o livro (e pela nudez de Kristen Stewart) se interessem mais pela obra, mas infelizmente o resultado final não me agradou.

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