
Sim, a palavra certa é diversão. É o que esperamos de um filme de ação / ficção científica (alguém ainda usa essa definição? idade avançada dá nessas coisas...). O respeito à física e comparações com a realidade não são bem o que a gente busca ao ver essas franquias. O problema foi quando se acertou a mão nos filmes anteriores (sempre se lembrando de excluir A vingança dos derrotados da lista) e aqui, por mais exageros típicos do diretor Michael Bay (o mesmo de todos os filmes anteriores) que já estamos acostumados, dessa vez passaram um pouco do ponto.
Pra começar, o filme é longo. Longo. MUITO LONGO! E por longo, entenda-se a junção de tempo de duração (164 minutos) com vontade de que o filme termine logo. Eu não me importo de assistir filmes com 3 horas de duração ou mais (O Senhor dos Anéis: o retorno do rei tem espantosos 3:30hs de duração e veja a tonelada de Oscars que ganhou), mas o filme se torna cansativo em virtude do seu roteiro fraco e cenas repetidas quase à exaustão. É óbvio e evidente que estamos lá para ver explosões, lutas e perseguições, mas não precisa repetindo em "loop infinito". E entre uma explosão e outra, temos diálogos sofríveis e clichés ao extremo. Basta citar uma cena em que, após o pai e o namorado da mocinha a "salvarem do perigo", ela corre para os braços do namorado e solta a pérola: "Você me salvou!". Lembrem-se de abstrair que os 3 irão estar no meio de todos os tiros, explosões, quedas e peças de robôs, e depois disso tudo o máximo que vai acontecer é uma manchinha de graxa no rosto da atriz.

Quando você acha que o filme terminou (em Chicago) e está só aguardando os créditos finais, eis que resolvem fazer uma continuação do long, agora na China, dentro do próprio filme!!! 2 filmes em 1! Chama o vilão de volta e recomeça o show pirotécnico. A ideia foi hiper-lucrativa, visto que só na China o longa já arrecadou mais de US$ 220 milhões, e a expectativa é que o filme supere no mundo a marca de 1,25 Bilhão de dólares. Apesar de aumentar mais o cansaço, tenho que ser sincero: a meia-hora final na China vale praticamente o filme todo. Ah, outra dose de veneno: nos filmes anteriores pelo menos a gente via tanques de guerra, caças, armamento militar e outras coisas que provavelmente você veria ao receber uma invasão hostil alienígena. Aqui se resumiram a alguns carros de polícia com as sirenes ligadas.
Chega de falar mal, senão vai ficar cansativo igual ao filme. Como falei lá no início, não é para se jogar no lixo. A computação gráfica e demais efeitos especiais estão cada vez melhores. A definição dos robôs, o processo de transformação, as lutas, explosões, os novos efeitos dos Transformers 2.0, tudo muito bem feito. O 3D está muito bom também (eu tenho que elogiar isso, pois é cada vez mais raro). E, munido de bastante pipoca, tempo sobrando e espírito preparado, você vai se divertir vendo um carro-robô montado em um dinossauro-robô usando uma espada tipo Excalibur quebrando tudo ou vendo os robôs virarem super carros fantásticos no melhor estilo velozes e furiosos. Se isto está bom pra você (e provavelmente deve estar), vá sem medo de ser feliz. É uma boa opção para uma tarde de domingo vendo Temperatura Máxima na Globo (e com o bônus de que, como o filme é grande, vai diminuir o tempo do Faustão!)

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