Minions (Minions, 2015) 104 min. Seres amarelos unicelulares e milenares, os minions têm uma missão: servir os maiores vilões. Em depressão desde a morte de seu último chefe, eles tentam encontrar um novo chefe. Três voluntários, Kevin, Stuart e Bob, vão até uma convenção de vilões e lá se encantam com Scarlet Overkill, que ambiciona ser a primeira mulher a dominar o mundo.
Antes de qualquer coisa, se você não gosta destas criaturinhas amarelas estranhas que não se entende quase nada do que eles falam, não há nada que eu ou qualquer pessoa diga que te fará mudar de opinião e gostar desse filme. Se você acha que são carismáticos, bonitinhos, engraçados e só o fato deles aparecerem na tela fazendo besteira já é suficiente, pode comprar o ingresso. Agora, se somente a presença deles não é suficiente pra você, provavelmente vai gostar de algumas partes e ficar entediado em outras.
Deve ser levado em consideração que Minions é sobretudo um filme infantil. Apesar dos personagens praticamente terem sido adotados como mascotes da Universal (aliás, substituir a famosa trilha de abertura da Universal pela canção dos Minions foi uma sacada excelente e uma das melhores coisas do filme) e conquistado muito adulto por aí, penso que o filme foi feito mais para as crianças se divertirem do que para os adultos. E criança não se importa muito com roteiro consistente ou com uma história inteligente.

O filme tem sim ótimas piadas rápidas e cenas engraçadas com referências e mensagens destinadas ao público um pouco mais adulto, brincando com a cultura americana e inglesa dos anos 60. Cenas como a dos Beatles, a do homem na lua, Orlando pré-Disney são as que funcionam melhor, além daquelas com hidrantes e bananas que o trailer também entregou antecipadamente. Para os mais pequenos, que provavelmente não vão compreender as referências, vão se divertir com a presença dos personagens em praticamente todas as cenas do filme e isso já deve ser suficiente.
Por isso, parece que os roteiristas, conscientes de que não era necessário muito mais do que algumas gags visuais e situações cômicas, resolveram ser preguiçosos e entregaram uma história fraca. Ficou a sensação de que tanto faz o filme ser bom ou não para o público adulto, já que as crianças vão assistir o filme de qualquer jeito, os Minions voltam à mídia, garantem milhares de produtos à venda e faturam milhões de dólares em bilheteria e direitos com marca registrada. Senti mais ou menos o mesmo problema de Os pinguins de Madagascar. Mesmo sabendo que o filme é infantil e as crianças estão gostando, por também gostar dos amarelinhos, eu gostaria de algo a mais. Acho que me acostumei mal com os filmes inteligentes da Pixar, que sabem dosar filmes de animação para todos os públicos. Vale como uma diversão descompromissada no fim de tarde. Mas, no fim, apesar de algumas boas risadas, fica a sensação que poderia ter sido melhor aproveitado devido ao potencial e carisma dos personagens.
Comentários
Postar um comentário