Garfield - O filme (2004)

Garfield sempre foi meu personagem preferido. Desde criança. Ainda hoje devo ter umas revistas dele espalhadas pela casa. Todos os domingos, ao comprar o jornal, a única parte que eu lia eram as tirinhas em quadrinhos. Garfield era o primeiro. Cresci, mas nunca deixei de gostar do personagem. Somente comecei a enxergar os quadrinhos de uma maneira diferente, compreendendo melhor a ironia e o humor ácido presente nas histórias.

De tão fã, parece que aprendi a compartilhar certos hábitos. Apesar de hoje em dia ser mais difícil, adoro ficar deitado o dia inteiro em frente a TV com o controle remoto na mão sem fazer mais absolutamente nada. Com relação ao famoso dia da semana, passe um fim de semana que sempre insiste em ser muito mais curto do que deveria e acorde no dia seguinte as 4:30hs da manhã para ir trabalhar. COMO gostar de segunda-feira??? Com relação as gordurinhas extras, podemos deixar esse assunto de lado...

Mas se for escolher um elemento principal, não poderia deixar de citar a lasanha. Lasanha não é um prato. É um estilo de vida!!!

Mas vamos falar do filme...Primeiramente, Jim Davis (o criador do Garfield) aprovou a adaptação e gostou do filme. E geralmente os "donos" dos personagens nunca gostam muito do resultado. Então merece um crédito. Como fã, claro que sempre vou achar que poderia ter sido melhor aproveitado e que o filme poderia ter algo a mais. Mas é difícil adaptar histórias curtas (geralmente 3 a 6 quadrinhos) em um filme de 90 minutos. Também é um enoooorme desafio apresentar o garfield em computação gráfica, depois de anos acostumado a acompanhar o desenho. O tal humor ácido comentado a pouco quase não existe. Acho até que muito pouco dos quadrinhos originais foi aproveitado no filme.

Uma das minhas principais críticas é o de não terem feito o Odie em CGI, embora o cachorro do filme seja bem legalzinho e até se torna o centro das atenções de algumas partes do filme. O fato de terem feito o Garfield dançarino com certeza foi apenas para explorar os recursos da computação gráfica.

Mas não deixei de assistir ao filme no cinema no dia do meu aniversário nem de comprar o dvd. Aliás, Garfield teve um desempenho razoável no Estados Unidos (75,36 milhões de dólares), mas um enorme sucesso internacionalmente (123,23 milhões). Isso apenas nas bilheterias, fora DVDs, VHS e contratos de licenciamento, direitos para a TV, etc. (fonte: Omelete) Como o filme custou 50 milhões para ser produzido, saiu bem na foto, gerando a inevitável continuação (que falo no próximo post).

Elenco: Breckin Meyer deve ter sido escolhido como John devido a alguma seleção do tipo cara-crachá. Acharam o tipo parecido e pronto. A voz original de Garfield por Bill Murray ficou ótima, e na dublada pelo Calloni também ficou boa. Jennifer Love Hewitt é linda! Muito! Ainda mais porque parou de machucar meus ouvidos com aquela gritaria de "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado". Nada a ver com a olhuda dos quadrinhos (ainda bem). Até que eles se encaixaram bem nos personagens.

Concluindo. O filme é ótimo? Nem a pau! Uma porcaria completa? De jeito nenhum! Podia ser muito melhor? Com certeza absoluta. É um entretenimento interessante, que poderia agradar adultos e crianças em cheio, mas acaba agradando parcialmente a ambos. Uma história infantil demais para um personagem por vezes voltado para o público adulto. Mas é um bom filme para ser ver com a família numa sessão da tarde. Não custa nada conferir.

Cotação: 7,5

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