Bandidas (2006)

O filme se passa no México, no ano de 1880. Sara Sandoval (Salma Hayek) é a bela e mimada filha de um rico banqueiro, que acaba de voltar da Europa. Maria Alvarez (Penélope Cruz) é a bela e durona filha de um camponês, que gosta de conversar com cavalos. Um acordo mal-sucedido entre o banqueiro e o negociador Tyler Jackson (Dwight Yoakam) dá início à história. Para expandir as estradas de ferro dos EUA ao México, fazendeiros endividados são forçados a vender e abandonar suas terras por um peso. Caso não aceitem, são executados à queima-roupa. Quando o pai de Sara morre de causas desconhecidas e o pai de Maria sofre um atentado, essas duas mulheres de personalidades totalmente diferentes se unem, tornando-se as assaltantes de banco mais conhecidas do México, contando com a ajuda de do inspetor Quentin Cooke (Steve Zahn) e dos moradores da região.

"Bandidas", na minha opinião, é um filme fraco. Não é ruim, mas não empolga. É um faroeste misturado com ação, aventura e comédia, que não se firma como nenhum dos gêneros citados. O roteiro ficou a cargo de Robert Mark Kamen e Luc Besson, que fizeram "O quinto elemento", mas não conseguiram manter o bom nível. A história é fraca e com vários furos. Diverte em alguns pontos, mas faltou alguma coisa.

Na verdade, a impressão é que o filme foi feito para ser assim. Totalmente despretencioso. O roteiro deve ter sido escrito enquanto estavam assistindo a algum episódio de Zorro na TV. Sério, o filme é uma versão feminina de Zorro misturado com com Robin Hood, incluindo a batida história de rivais que se tornam parceiras. Ainda assim, o filme custou $35.000 e arrecadou mais que o dobro. Um sucesso e uma surpresa.

O filme me parece ter sido apenas uma desculpa para reunir "as duas mulheres latinas mais famosas e sensuais da atualidade", como diz a campanha de divulgação do filme. De fato, Hayek e Penélope parecem nem estar atuando às vezes, mas sim se divertindo e deixando o tempo passar enquanto ganham mais uma graninha. A mexicana Salma Hayek, após explodir como símbolo sexual como a dançarina em "Um drink no inferno" e provar que tinha talento em "Frida", acabou fazendo papéis com pouca expressão, embora realmente seja uma boa atriz. Já a espanhola Penélope Cruz é mais conhecida (e na minha opinião menos bonita do que Hayek). Também é mais experiente e com mais oportunidades de atuação por ser européia. Desde 1991, ela se alterna entre filmes europeus e hollywoodianos. Destaque para "Vanilla Sky" e "Volver".

Resumindo, se você quiser ver mulheres bonitas assaltando bancos, assista sem medo. Se quiser mais do que uma sessão da tarde, fuja. Mas se estiver passando na tv, arrisque. Como eu disse antes, ruim não é. Lembro bem quando comprei esse dvd. Tinha visto em uma loja por R$44,90 e no dia seguinte estava em promoção por R$ 4,90. Qualquer valor a mais que isso, não vale a pena.

Cotação: 6,5

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