Alien - A Ressurreição (Alien: Ressurrection) - 1997

O último filme da franquia (solo) até o momento é o fraco "Alien - a ressurreição", realizado quase 20 anos depois do primeiro. Assim como "Alien 3", o pior do filme é a desculpa para sua existência. Fora isso, até temos alguns pontos positivos com relação ao filme anterior, mas nem de longe chega perto da qualidade dos dois primeiros.

Sobre o roteiro: se o terceiro filme forçou a barra inventando um ovo especial alien dentro da EEV com um Alien que ao invés de morrer infectando a vítima simplesmente a engravida, neste quarto filme chutaram o balde de vez. Absurdo por absurdo, por que não aproveitar o boom da engenharia genética e clonagem tão comentados nos últimos anos? Então, prepare-se para o absurdo. 200 anos após Ripley se matar no final de Alien 3 (não tinha visto o terceiro filme ainda? foi mal), cientistas conseguem um clone perfeito dela com base no seu DNA coletado no presídio espacial. Com um detalhe a mais: conseguiram fazer com que o clone de Ripley já fosse desenvolvido com ela grávida da rainha Alien. (!!!!!) O objetivo dos cientistas é finalmente atingido ao conseguir capturar a criatura para fins militares. Mas claro que domesticar o bichinho não ia dar certo.


Como em todos os outros filmes, temos a famosa equipe que servirá para tentar matar o bicho e ao mesmo tempo ser o almoço do dia. A desculpa da vez é uma equipe que lida com contrabando e tráfico - incluindo pessoas. As pessoas-mercadorias serão os hospedeiros para o nascimento de novos aliens. Com relação ao elenco, esta equipe possui mais talento do que as anteriores, com destaque para a talentosa Winona Ryder e Ron Perlman (mais conhecido como Hellboy).

Outro ponto "positivo" do filme é a volta para o gênero ficção científica, que marcou o primeiro filme. Mesmo sendo absurdo, toda essa história de clonagem traz de volta essa característica que se perdeu completamente no terceiro filme. Ou seja, não temos somente ação. E aqui temos outra das cenas super-clássicas da série: o momento em que Ripley encontra todas as experiências anteriores de clonagem que não deram certo. Impressionante, muito bem feita e se não é suficiente para salvar o filme, é a melhor lembrança que ele deixa. Os Aliens desse filme estão agora completamente em CGI. Isso proporciona muito mais movimento (eles nadam agora), mas perde um pouco do brilho dos animatrônicos. É a computação gráfica ajudando e atrapalhando mais uma vez.


Fechando: lembra que Ripley foi recriada grávida da rainha? Pois é, os DNA's se misturaram. O sangue de Ripley agora é ácido! E a rainha ganhou de presente um completo sistema reprodutor, com direito a útero e tudo. E então somos agraciados com um dos seres mais nojentos que eu já vi: o alien híbrido, que tem metade mãe alien e metade mãe Ripley. Eu pensei que já tinha visto de tudo aqui até conhecer o predalien de AvP2, mas isso já é outra história.

Depois de anos de expectativa, mais uma vez não era o que os fãs esperavam. Ainda existe luz no fim do túnel? SIM! Li recentemente que Ridley Scott (o diretor de Alien 1) pretende volta para filmar um Alien 5, mas até o momento ele pensa em realizar uma "prequência", sendo a história ocorrendo 30 anos antes de Alien 1. Isso praticamente inviabiliza a volta de Sigourney Weaver, mas sei lá o que vão inventar. Sigourney já está com 60 anos (!!!) então é bom se apressarem.


Cotação: 5,0


Curiosidades: Sigourney ganhou míseros 11 MILHÕES de dólares para protagonizar Alien 4, sendo que o primeiro filme (Alien - o oitavo passageiro) inteiro custou 8 milhões; em uma cena Ripley é informada que a famosa companhia dos filmes anteriores foi comprada pela Wal-Mart (era pra ser engraçado?); e por último a frase que eu mais gostei do filme, quando o personagem de Ron Perlman diz ao saber para onde a nave está indo: "Terra? Prefiro ficar aqui com os bichos!".


Crédito das fotos: blog Boca do inferno

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