Um dos maiores ícones dos anos 80. Se tornou uma referência do gênero do erotismo na época e definitivamente eternizou Kim Basinger como símbolo sexual. A pergunta que faço é: será que nos dias atuais o filme faria o mesmo sucesso?Sinopse: Quando Elizabeth conheceu John, ela era inteligente, sofisticada, com o controle de sua própria vida. Intrigada pela personalidade enigmática e distante de John, ela mergulha em um relacionamento de pura sensualidade que se intensifica tornando-se um pesadelo erótico de fantasia e dominação. Logo Elizabeth precisará escolher: entre seus desejos ou sua sanidade mental.
Começando a analisar pelo roteiro: ele é fraquíssimo, pra não dizer quase inexistente. Em filmes desse estilo, isso raramente é importante, já que a maioria do público o assiste buscando "outra coisa". O que o diferencia então dos filmes pseudo-eróticos que passam nas madrugadas é a fama obtida e a presença de Kim Basinger mesmo.
Continuando a falar sobre erotismo, não tem como não citar a cena com mel, chantilly, morangos e demais produtos vindos direto da geladeira, que se tornou clássica e é constantemente lembrada, copiada e parodiada até hoje. Casais de namorados terão várias idéias ao assistir esse filme. Mas depois de Sharon Stone em 'Instinto Selvagem', dos filmes de Monica Bellucci e da popularização da internet, em que se encontra absolutamente tudo, esse filme não é mais uma referência absoluta.
Outro ponto importante defendido pelos amantes do filme é a tal exploração das relações humanas. Quem busca por questões Freudianas nem tente. Não o vejo como um romance, mas como um drama psicológico (a crítica adora essa palavra). Realmente você acompanha a perda de juízo de Elizabeth ao se envolver com John, mas uma mulher madura, separada e com uma carreira consolidada teria sua vida bagunçada a esse ponto tão facilmente? Sim, até pode. Mas o roteiro fraco dificulta esse aprofundamento.
Elenco: A beleza de Kim Basinger é incontestável. Se você busca por sensualidade, ok você está no filme certo. Mas quem quiser assisti-lo única e exclusivamente por causa dela, saiba que existem filmes em que ela está muito mais bonita (ah, a maquiagem e cabelo ridículos dos anos 80... moda é moda) e filmes em que ela se expõe ainda mais ("A fuga" é um bom exemplo disso). Basinger nunca parou de trabalhar e o ápice de sua carreira foi o Oscar pelo ótimo "Los Angeles Cidade Proibida". Hoje já com uma certa idade, continua presente em diversos filmes e está com sua carreira consolidada. O que não se pode negar é que ao se pronunciar seu nome, "9 1/2 semanas" é o primeiro filme de que a maioria das pessoas se lembra e seu talento quase sempre é posto em prova ofuscado por sua beleza.
Já Mickey Rourke também ficou marcado por este trabalho, e se aproveitou fazendo mais alguns filmes do gênero, como "Orquídea Selvagem" e o lixo da continuação "9 1/2 semanas 2" até estragar o rosto e carreira. Voltou realmente ao cinema em uma participação no filme Sin City, mas só reconquistou o sucesso recentemente com "O Lutador" e agora estará em "Homem de ferro 2" e no aguardado "Os mercenários". A diferença é que agora não será pela sua beleza, com todo o respeito.
Enfim, um filme que já alcançou o status de 'cult' e tem sua legião de fãs até hoje. Se você é um 'oitentista', deve tê-lo em sua coleção nem que seja somente pela nostalgia. A trilha sonora também é um aspecto positivo, contendo sucessos como Slave to love, de Bryam Ferry e You Can Leave Your Hat On, de Joe Cocker. Mas se você não é dessa época e só ouviu falar da fama, provavelmente vai se decepcionar.
Cotação; 6,0
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