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MIB 3 (Men In Black - Homens de Preto 3)
Como esperado, a semana foi dominada nos cinemas pelo filme MIB 3, embora Os Vingadores e American Pie ainda estejam com fôlego nas bilheterias brasileiras. MIB foi praticamente a única estreia de peso da semana, mas o @MultiCine_MWS também reservou espaço para Plano de Fuga, novo filme de Mel Gibson. Vamos às considerações:
MIB 3 (Men In Black - Homens de Preto 3)
Terceiro filme da famosa franquia (o primeiro Homens de preto já pode ser considerado um filme clássico da sessão da tarde). Nem me lembrava que fazia tanto tempo assim, mas MIB 1 é de 1997, enquanto que MIB 2 data de 2002. Portanto, foram 10 anos de espera para ver um novo Homens de Preto nos cinemas. Nos tempos atuais, foi até bastante tempo de espera se formos levar em consideração a mania americana - e falta de criatividade - em fazer sequências, remakes e reboots. No caso de MIB, o fato do segundo filme ter sido fraco e bastante criticado também pode ter pesado na decisão de se trabalhar melhor em um roteiro que ficasse bom. Deu certo e MIB 3 é tão divertido quanto o primeiro e muito melhor do que o segundo.
Historicamente, existe sempre uma certa preocupação ao se lançar um terceiro filme de uma franquia. Claro que temos algumas exceções, mas em sua grande maioria o terceiro filme geralmente é considerado o mais fraco. Tudo bem que neste caso específico MIB não foi pensado como uma trilogia, mas mesmo assim ainda corria esse risco. Um americano chamado Dan Meth fez um gráfico para medir seu grau de satisfação em relação as trilogias mais conhecidas, ficando conhecido como Medidor de trilogias e bastante divulgado na net. Apesar de ser apenas sua opinião pessoal, boa parte dos que viram seu gráfico concordam com sua pontuação. Vejam exemplos em que geralmente o terceiro filme é o mais fraco da sequência:
Voltando ao assunto, o filme traz de volta a dupla principal de agentes, J e K (Will Smith e Tommy Lee Jones), assim como alguns personagens secundários como aqueles aliens que parecem vermes (embora estejam ali só pra aparecer mesmo, desta vez não possuem nenhum foco como nos filmes anteriores). Para outros personagens, apenas menções, fotografias ou comentários (Frank, o agente canino da raça Pug ficou de fora, mas se estivesse provavelmente sua participação seria a mesma dos vermes, já que o roteiro não daria espaço pra ele). Também voltam as dezenas de espécies de alienígenas no melhor estilo MIB e Star Wars (sim, porque foi em um famoso bar em Star Wars que essa história de aliens engraçados e estranhos começou). Ouvi comentários que alguns aliens aqui são meio nojentos. Sinceramente, não achei, tem um ou outro meio gosmento mas nada exagerado. Achei estranho ouvir isso de gente que adora MIB 1, no qual o vilão era simplesmente uma BARATA! Mas, tudo bem. Também voltam as referências a artistas e pessoas esquisitas que estão na mídia como aliens. No primeiro filme, lembro do Stallone aparecendo nos monitores de tv da agência como um alien sendo monitorado, no segundo filme uma participação um pouco maior de Michael Jackson querendo ser o agente M. Neste terceiro, não é difícil imaginar quem foi a homenageada da vez.
A novidade aqui é o fator Viagem no tempo, que já sabemos que se for bem usado torna o filme muito interessante (a trilogia clássica De volta para o futuro é o melhor exemplo disso). Uma amiga minha (com doutorado em física) Jusciane assistiu e gostou muito do filme, então concluo que o fator viagem no tempo foi bem utilizado aqui. De fato, foi bem explorado, se encaixou perfeitamente no que queriam contar, e suas explicações eram rápidas e simplificadas - porque de conservas longas, filosóficas e científicas Neo e o Arquiteto já nos provaram não ser a melhor opção.
Fazendo uma sinopse bem rápida só pra contextualizar: o filme começa mostrando o vilão da vez, Boris, o Animal (Jemaine Clement), que consegue escapar de uma prisão na Lua onde esteve por 40 anos e volta atrás de vigança contra o agente que o prendeu e arrancou seu braço, K (Tommy Lee Jones). Como ele conheceu um cientista na prisão que encontrou uma forma de viajar no tempo, seu plano visa voltar ao ano em que foi preso e alterar o rumo da história, matando K e impedir que toda a sua raça seja extinta. Ao se alterar a realidade, o agente J (Will Smith) também volta no tempo para que a história possa ser novamente alterada, com a ajuda do agente K da época atual (Josh Brolin).
Pausa para elogios: Will Smith novamente é o astro principal do filme e responsável por quase todas as cenas cômicas. É muito bom vê-lo retornar a uma boa fase, 5 anos depois de seu último filme (Sete vidas), considerado um filme fraco. Tommy Lee Jones continua o mesmo, e segundo comentários de pessoas ligadas a ele, o ator não faz nenhum esforço para fazer aquela cara séria e mal-humorada por ser da mesma forma na vida real. Agora, o destaque é Josh Brolin como o agente K versão 1969. O ator conseguiu ser uma versão perfeita de K jovem. Grande interpretação. Também temos a participação da Agente O versão atual e jovem, interpretadas por Emma Thompson e Alice Eve.
Concluindo, minha opinião é: pode assistir sem medo! O filme diverte, cumpre bem seu papel e ainda tem um final emocionante que provavelmente vai querer te fazer assistir a MIB 1 novamente. Se em sua cidade houver cópias em 2D, prefira. O 3D não acrescente praticamente nada ao filme.
Plano de Fuga (Get the Gringo)
Falei muito de MIB porque merecia. Vou falar pouco de Plano de Fuga porque não merece muito mais do que isso. Infelizmente é um filme fraco. Não é um lixo de filme, mas também não tem nada de mais que o considere como bom. É simplesmente "assistível". Na trama, um criminoso veterano é preso no México e enviado para um presídio cheio de condenados por tráfico de drogas e crimes pesados, onde ele aprende a sobreviver com a ajuda de um garoto de dez anos.
Pra começar, assisti o filme dublado. Como o filme se passa no México, perdi uma ótima oportunidade de criticar o filme, já que não sei se os mexicanos falam inglês ou espanhol no filme. Pelo título e sinopse, você imagina que o tal plano de fuga terá boas sequências de ação e ótimas idéias de estratégias fuga. Tudo bem que não esperava algo brilhante como Prison Break ou Um sonho de liberdade, mas de "plano" mesmo o filme tem muito pouco. De ação também tem pouco, fora uma sequência digna dos filmes de faroeste. Na verdade faltou inspiração para esse filme.
O atrativo do filme é a volta de Mel Gibson, um dos astros mais problemáticos de Hollywood. Gibson foi um excelente ator nos anos 80 e 90, responsável por uma das melhores franquias de filmes policiais - Máquina Mortífera, pela trilogia também oitentista Mad Max e por um dos melhores filmes de todos os tempos Coração Valente, de 1995. Deu um tempo na carreira para ser diretor de filmes polêmicos e controversos como A Paixão de Cristo - onde teve a coragem de deixar o filme em hebraico e aramaico para o público americano - que sabemos que ODEIA legendas a ponto de fazer remakes de filmes europeus e japoneses idênticos só para ter atores americanos e idiomas e inglês - e Apocalypto, também falado em uma língua estranha. Nesse tempo, começou a baixar um espírito de Lindsay Lohan e o cara começou a passar mais tempo na mídia pelo que fazia fora das telas - primeiro sinal de carreira afundando. Problemas com alcoolismo, acidentes de carro, brigas com produtores, diretores, colegas, discursos polêmicos e preconceituosos e uma sucessão de barracos com suas ex-namoradas. Ele ainda fez os filmes Um novo despertar em 2011 e O fim da escuridão em 2010, mas praticamente ninguém lembra porque foram lançados durante o auge de seus problemas pessoais. Fui assistir o filme na esperança de vê-lo voltar à velha forma, mas ainda não foi dessa vez. Se bem que aqui o problema não foi o ator, mas a história em si que não ajudou em nada. Mais sorte da próxima vez, porque talento ele ainda tem.
Pausa para elogios: Will Smith novamente é o astro principal do filme e responsável por quase todas as cenas cômicas. É muito bom vê-lo retornar a uma boa fase, 5 anos depois de seu último filme (Sete vidas), considerado um filme fraco. Tommy Lee Jones continua o mesmo, e segundo comentários de pessoas ligadas a ele, o ator não faz nenhum esforço para fazer aquela cara séria e mal-humorada por ser da mesma forma na vida real. Agora, o destaque é Josh Brolin como o agente K versão 1969. O ator conseguiu ser uma versão perfeita de K jovem. Grande interpretação. Também temos a participação da Agente O versão atual e jovem, interpretadas por Emma Thompson e Alice Eve.
Concluindo, minha opinião é: pode assistir sem medo! O filme diverte, cumpre bem seu papel e ainda tem um final emocionante que provavelmente vai querer te fazer assistir a MIB 1 novamente. Se em sua cidade houver cópias em 2D, prefira. O 3D não acrescente praticamente nada ao filme.
Plano de Fuga (Get the Gringo)
Falei muito de MIB porque merecia. Vou falar pouco de Plano de Fuga porque não merece muito mais do que isso. Infelizmente é um filme fraco. Não é um lixo de filme, mas também não tem nada de mais que o considere como bom. É simplesmente "assistível". Na trama, um criminoso veterano é preso no México e enviado para um presídio cheio de condenados por tráfico de drogas e crimes pesados, onde ele aprende a sobreviver com a ajuda de um garoto de dez anos.
Pra começar, assisti o filme dublado. Como o filme se passa no México, perdi uma ótima oportunidade de criticar o filme, já que não sei se os mexicanos falam inglês ou espanhol no filme. Pelo título e sinopse, você imagina que o tal plano de fuga terá boas sequências de ação e ótimas idéias de estratégias fuga. Tudo bem que não esperava algo brilhante como Prison Break ou Um sonho de liberdade, mas de "plano" mesmo o filme tem muito pouco. De ação também tem pouco, fora uma sequência digna dos filmes de faroeste. Na verdade faltou inspiração para esse filme.
O atrativo do filme é a volta de Mel Gibson, um dos astros mais problemáticos de Hollywood. Gibson foi um excelente ator nos anos 80 e 90, responsável por uma das melhores franquias de filmes policiais - Máquina Mortífera, pela trilogia também oitentista Mad Max e por um dos melhores filmes de todos os tempos Coração Valente, de 1995. Deu um tempo na carreira para ser diretor de filmes polêmicos e controversos como A Paixão de Cristo - onde teve a coragem de deixar o filme em hebraico e aramaico para o público americano - que sabemos que ODEIA legendas a ponto de fazer remakes de filmes europeus e japoneses idênticos só para ter atores americanos e idiomas e inglês - e Apocalypto, também falado em uma língua estranha. Nesse tempo, começou a baixar um espírito de Lindsay Lohan e o cara começou a passar mais tempo na mídia pelo que fazia fora das telas - primeiro sinal de carreira afundando. Problemas com alcoolismo, acidentes de carro, brigas com produtores, diretores, colegas, discursos polêmicos e preconceituosos e uma sucessão de barracos com suas ex-namoradas. Ele ainda fez os filmes Um novo despertar em 2011 e O fim da escuridão em 2010, mas praticamente ninguém lembra porque foram lançados durante o auge de seus problemas pessoais. Fui assistir o filme na esperança de vê-lo voltar à velha forma, mas ainda não foi dessa vez. Se bem que aqui o problema não foi o ator, mas a história em si que não ajudou em nada. Mais sorte da próxima vez, porque talento ele ainda tem.
Parabéns pelas críticas!!
ResponderExcluirAumentou minha vontade de assistir o MIB3!! Vendo o blog vejo que temos gosto para filmes semelhantes!! Vou ousar sugerir um filme pra você assitir, não o via na sua invejável lista de títulos então fica a sugestão para você assistir a Marcas da Violência (A History of Violence) com o Viggo Mortensen, eu achei bem bacana quando assisti.
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