Crítica: Os Mercenários 2


ESQUEÇA que Os Mercenários 1 existiu! ESSA era a reunião dos astros de ação dos anos 80 que todos esperavam! Do filme anterior, uma das maiores lições é que até mesmo em filmes que se resumem a tiros e explosões é possível ter uma história ruim - mesmo para os que dizem que nesses casos nem é necessária uma história. Imagino que parte dessa melhoria tenha sido porque Stallone deixou a direção para Simon West (Con Air, Assassino a preço fixo), mais experiente no assunto.

Em Os Mercenários 2 (Expendables 2), com exceção de Jet Li que pouco aparece, os personagens são muito melhor aproveitados e FINALMENTE pudemos ter o prazer de ver Stallone, Shwarzenegger e Bruce Willis dividindo a mesma tela em cenas de AÇÃO (e não fazendo uma reuniãozinha de 30 segundos). Só faltou mesmo o Stallone colocar uma faixa na cabeça e usar uma bazuca, mas infelizmente isto não ocorreu.

O filme também acerta em não se levar a sério. Se o povo quer ver bala pra todo lado, acompanhar o desempenho carregado de nostalgia dos astros de antigamente e se divertir vendo o filme, fizeram exatamente o que deveriam. Então, além das toneladas de balas e explosivos que mal posso esperar para testar no som da minha sala quando sair o Blu-Ray, o filme também é recheado de ironias, referências e brincadeiras com os filmes de sucesso dos atores, com direito até a um Yppie-Kay-Ei e mais algumas frases clássicas. Os aotres parecem se divertir e riem de si mesmo várias vezes soltando piadas sobre suas idades já avançadas.

Pra ficar ainda melhor, duas presenças marcantes da geração 80 participaram deste segundo filme da  franquia e que fizeram muita falta no primeiro longa. Jean-Claude Van Damme (que não aceitou fazer o primeiro porque não queria perder uma luta) faz um vilão chamado "Vilain", cujo objetivo é roubar barras de Plutônio e vender no mercado negro para fabricação de bombas. Mais anos 80 só se o filme se passasse na União Soviética! E, pra completar o elenco, o mito, a lenda, o Lobo Solitário Chuck Norris, em uma participação especial fazendo o que ele fez de melhor durante sua carreira e, provando ser realmente O CARA, ainda usa um de seus famosos facts que até hoje circulam na internet e que o fez ser conhecido pela nova geração.


Completam o time de brucutus: Jason Stathan (sucessos como Carga Explosiva  o credenciaram bem a um papel de destaque no time), Jet Li (geração 90/2000, em filmes como Romeu tem que morrer e O beijo do Dragão), Dolph Lundgren (bem melhor aproveitado aqui, esse é da geração 80 atuando em Rocky IV, Mestres do Universo, Soldado Universal, etc), Terry Crews (esse nem fez tantos filmes de ação assim e é mais conhecido por ser pai do Cris, mas o cara é enorme), Randy Couture (Big Stan), o novato Liam Hemsworth (irmão do Thor) e a presença feminina da chinesa Nan Yu. Dos astros de ação dos anos 80, ficaram mais uma vez de fora (por se recusarem a participar) Steven Seagal, Kurt Russel e Clint Eastwood, que ainda espero que possam aparecer no próximo filme. Folha de São Paulo, peguei seu infográfico emprestado. Espero que não se importem.



Não tem como não fazer uma crítica justa, me perdoem. Como saudosista e amante de filmes e músicas dos anos 80, não tinha como eu não gostar do filme. Esqueça um roteiro complexo ou alguma lei da física. É o típico exemplo que deveria se iniciar com o aviso: Por favor,  desligue o cérebro por 100 minutos e curta o filme.







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