Crítica: Invencível

O drama/guerra/biografia Invencível (2015 - 137 minutos) retrata a história real do atleta olímpico Louis Zamperini (Jack O'Connell), filho de imigrantes italianos que se torna um oficial do exército durante a Segunda Guerra Mundial e, ao sofrer um acidente aéreo, permanece semanas em alto-mar dentro de um bote salva-vidas até ser resgatado e capturado por soldados japoneses. Segundo filme de Angelina Jolie como diretora, com revisão de roteiro pelos irmãos Coen.

Li várias críticas negativas sobre esse filme. Por outro lado, muitos ficaram surpresos pelo longa não ter sido indicado em categorias importante do Oscar.  Como não sou nenhum crítico profissional ou estudioso na área, sem me preocupar com fotografia, roteiro, maquiagem ou figurino, estou me contentando apenas com a minha opinião que resulta em "gostei" ou "não gostei". Fico então com a primeira opção. O filme está muito longe de ser perfeito, mas achei interessante de assistir.


Todos sabemos do patriotismo exagerado dos americanos. Então quando americanos fazem um filme sobre a 2a Guerra Mundial, do ponto de vista dos soldados americanos, ainda por cima baseado em uma história real de um destes, é óbvio e evidente que os americanos são os mocinhos, heróis, salvadores da pátria e donos da verdade, enquanto os inimigos são os malvados. O fato deste filme ser biográfico foca a atenção mais no Louis Zamperini, mas não foge à regra. Principalmente nas cenas que envolvem os campos de detenção japoneses e os prisioneiros americanos. Se você se incomoda com esse exagero, certamente vai se incomodar com esse filme também.

O longa destaca bastante o sofrimento, coragem e perseverança do protagonista quanto a todas as dificuldades e humilhações que sofreu. Daí o termo original "unbroken" que dá nome ao filme. A tradução literal "Inquebrável" pode não ser chamativo como "Invencível", mas seria o mais apropriado. O personagem passou por tanta coisa ruim que pode ser até difícil acreditar que não colocaram um molho a mais. Outra crítica que tenho que concordar é que em vários momentos o filme acaba ficando muito lento ou forçadamente motivacional. 

Problemas de patriotismo e melodramas à parte, achei válido assistir e conhecer a história do personagem. Não é inovador, mas não é ruim. Provavelmente não irá fazer parte de nenhuma lista dos melhores filmes de guerra, mas está longe de ser um filme B do gênero.

P.S: O filme é baseado no livro "Unbroken: A world War II Story of Survival, Resilience, and Redemption", da escritora Laura Hillenbran.



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