Crítica: Simplesmente Acontece

Simplesmente Acontece (Love, Rosie - 102 min.). Alex (Sam Claflin) e Rosie (Lily Collins) são amigos inseparáveis que cresceram juntos em Londres, compartilhando entre si suas melhores experiências. Tudo muda quando Alex ganha uma bolsa de estudos e passa a morar nos EUA e Rosie engravida de um colega de turma. Separados, seus caminhos agora são outros. Mas nos tempos de hoje é impossível não permanecer conectado. E em se tratando de amor, o difícil é fazer as escolhas certas. Baseado no livro "Onde terminam os Arco-Íris" de Cecelia Ahern, autora de "P.S. Eu te amo".

É bom ver um filme leve, divertido e romântico de vez em quando, né? Se você concorda comigo, provavelmente vai gostar muito desse filme. Se comédia romântica não é a sua praia, não é esse que vai mudar seu pensamento. Simplesmente Acontece não possui nada de inovador, diferente ou fora dos padrões cliché do gênero. A diferença para os demais que justifica assistir ao filme então? O filme funciona!

Funciona porque conseguiram escalar um elenco que transmite veracidade em todas as suas cenas. Que te dá aquela sensação boa de ver um filme esquecendo que é um filme, acompanhando a história e torcendo pelo casal. Quando os protagonistas possuem o que costumamos chamar de "química". Quando, por mais que sejam situações às vezes que o "destino" dá aquela forçada de barra para que as próximas cenas aconteçam, a gente não se importa, acredita, e segue em frente querendo saber o que ou como vai acontecer. Os poucos coadjuvantes conseguem dar o alívio cômico no ponto certo, mas sem roubar a cena do casal protagonista. 


Lily Collins (filha do grande cantor Phil Collins, ex-Gênesis, que infelizmente boa parte da nova geração não conhece), aos 26 anos, está muito bem no papel. É a típica atriz que se encaixa em comédias românticas e se recuperou bem depois de uma atuação criticada no fraco filme litero-adaptado adolescente (inventei essa) "Os Instrumentos Mortais". Sam Claflin, que já possui uma certa bagagem  de filmes como Piratas do Caribe e Jogos Vorazes, também está bem em cena. Como já citado, o casal combina na tela, uma escolha muto acertada do diretor Christian Detter

O filme é pop, jovem, atual, "conectado", do tipo que deve agradar muito as adolescentes e aos que apreciam o gênero, e irritar profundamente aos que esperam algo além do padrão. A trilha sonora é envolvente e que se encaixa muito bem nas cenas, passando desde Beyoncé até Rouge (lembram de Ragatanga?). Alerto mais uma vez: o filme é totalmente cliché, clássico e previsível. Abstraia os truques típicos de novela da Globo de mostrar que 30 anos se passaram apenas mudando o corte de cabelo dos personagens. Mas é muito legal quando o público aplaude a cena final no cinema, mostra que o filme agradou. Quem foi assistir, provavelmente já foi sabendo o que se esperava, e o filme cumpriu bem o que (apenas) prometeu.




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