Crítica: S.O.S Mulheres ao Mar 2

Adriana (Giovanna Antonelli), agora uma escritora bem-sucedida, segue feliz em seu romance com André (Reynaldo Gianecchini), que está prestes a lançar sua mais nova coleção de moda durante um cruzeiro pelo Caribe. Porém, quando ela descobre que uma bela e jovem top model que acompanha André na viagem está tentando conquistá-lo, Adriana convoca, mais uma vez, sua irmã Luiza (Fabíula Nascimento) e Dialinda (Thalita Carauta) – sua ex-diarista que agora trabalha nos EUA – para fazer uma viagem de carro e tentar alcançar o navio antes que ele chegue em Cancún. Dirigido por Cri D'Amato.

Giovanna Antonelli, você é gata, talentosa, adoro seu trabalho, gostei muito do primeiro filme, mas.. Não que o filme seja ruim no padrão "Cilada.com", mas comparando com seu predecessor de 2014 (o que é quase inevitável), ficou faltando alguma coisa. O filme rende bons momentos, mas saí do cinema com a sensação de que poderia ter sido melhor.

O trio de protagonistas é muito bom. Thalita Carauta (Dialinda) realmente nasceu com dom para a comédia, sabendo fazer rir naturalmente. E Fabíula Nascimento (Luiza) também é uma das melhores e mais versáteis atrizes da atualidade. A química das três deu muito certo no longa de 2014. O par romântico de Giovanna, Reynaldo Gianecchini, também é o mesmo do primeiro filme. Me lembro da dupla no início de carreira no péssimo "Avassaladoras", e fica mais que evidente como eles amadureceram e evoluíram com o tempo.

Na minha opinião, o problema é que a história não se sustenta em 1:40h. O começo do filme é bem promissor e engraçado, levando a crer que seria a mesma fórmula utilizada anteriormente. Algo como foi feito com "Meu passado me condena 1 e 2". Nota-se também que o investimento aqui foi bem maior, pois além das locações no cruzeiro, foram realizadas gravações na Flórida (incluindo o parque temático da Universal - sortudos!!!) e em Cancún.

Mas algumas sub-tramas inseridas para preencher o tempo (encher linguiça) ou para justificar situações não foram muito felizes. Principalmente a sub-trama policial, completamente sem noção. Pena, porque é justamente a trama que mais envolve Dialinda - de longe a melhor personagem do filme. Ainda assim, ela consegue salvar suas cenas e garantir os bons momentos, mas poderia ter sido criada uma situação que fosse um pouco menos indigesta. A road trip também traz momentos que garantem umas risadas, mas acaba logo. 




Como precisamos de justificativa para a história de uma comédia romântica, temos que aguentar algumas cenas forçadas (ainda precisamos de tantas piadas que tendenciam cunho sexual?), diálogos ou momentos que estão lá para lembrar a todo momento que a personagem principal é uma neurótica ou para caracterizar a suposta crise dos 30 anos das mulheres. Se bem que, justiça seja feita, em todas as piadas que envolviam essa questão de comparações entre as mulheres de 20 e as de 30, o público feminino no cinema se acabava de rir. Novamente me permitam uma pausa, se era pra ter atrizes neuróticas com a idade, escolhessem outras. Giovanna Antonelli e Fabíula Nascimento estão melhores que MUITA garotinha de 20 por aí....

Como não se pode repetir a mesma piada relativa a idade o tempo todo, o restante do recheio acaba diminuindo o efeito comédia. Gostaria de ter me divertido um pouco mais, mas também não sei se estou sendo muito exigente. Prestigio, admiro e valorizo o cinema nacional. Detesto falar mal das nossas produções caseiras (embora algumas se esforcem muito para que isso aconteça). Acho que este filme terá um efeito melhor para o público feminino, mas vale para uma tarde despretensiosa no cinema. 

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